quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Reflexão da 2ª semana

No curso de pedagogia estamos sempre estudando teorias que afirmam a importância da participação da família na educação das crianças, partindo da interação entre os pais e a escola e que é preciso educar com amor. Essa segunda semana de estágio foi importante para constatar que o amor pode e deve ser o caminho, mas não é a solução. É preciso além de amar a profissão e nossos educandos, educá-los através do diálogo e se necessário punições. Neste curto período já presenciamos a suspensão de dois estudantes por motivo de indisciplina e violência, tivemos também a oportunidade de conhecer alguns pais e responsáveis por algumas crianças, que demonstraram preocupação e participação na educação de seus filhos diferentemente de outros que não aparecem na escola e que sabemos através de depoimentos de professores que só batem nos filhos, aumentando ainda mais o comportamento de agressividade tão presente na escola campo de estágio. Alías, a violência é o maior problema enfrentado por nós estagiárias. Devo destacar que também temos alunos carinhosos e que gostam de estudar, esses nos impulsionam a fazer um bom trabalho. Com exceção de 3 ou 4 alunos que têm maior dificuldade para ler e escrever, o restante da turma têm se desenvolvido bem nos trabalhos e atividades feitos em sala de aula.

Reflexão da primeira semana de estágio

A 1ª semana de estágio é para mim, um período de revelações e adaptações. Apesar de termos feito o estágio de observação, os primeiros dias do estágio como regentes podem ser surpreendentes, nem tudo que vimos e ouvimos durante a observação foi constatado nessa primeira semana. Em tão pouco tempo já foi possível ter sensações como decepção, frustração e satisfação. Educandos que pareciam ser excelentes mostraram seus defeitos, já aqueles apontados como problemáticos demonstraram suas qualidades acima das expectativas, havendo apenas algumas exceções.
Em alguns momentos me senti impotente diante do comportamento das crianças, daí frustração. Saber que aqueles alunos são frutos de um contexto social carente em todos os aspectos, de famílias desestruturadas e de uma escola cujo caráter principal é assistencialista, é desestimulantes. Falar sobre os problemas na universidade é muito diferente de vivenciá-los na escola. Isso prova que é no cotidiano da sala de aula que aprendemos a ser educadores.
Porém não podemos negar que o embasamento teórico adquirido na universidade nos ajuda a entender os educandos e buscar a melhor maneira de se trabalhar com eles. Se não tivéssemos estudado pedagogia não saberíamos a importância da observação , do diagnóstico prévio e do planejamento na tentativa de conhecer as dificuldades e potencialidades dos alunos para a partir daí buscar proporcioná-los uma aprendizagem significativa através de atividades adequadas. As teorias nos levam a refletir sobre nossa atuação na escola e tudo mais que envolve o processo educativo e assim estar sempre agindo de forma reflexiva para aperfeiçoar nosso trabalho.
Acredito que a novidade das estagiárias unida a semana das crianças gerou um estado de euforia exagerada nos educandos que dificultou o controle da turma, mas espero que seja algo passageiro e que a segunda semana seja mais tranqüila e produtiva. Nos momentos em que foi possível aplicas os planos de aula, a maioria dos alunos demonstraram interesse pelo aprendizado, questionando, corrigindo e etc. Mas, devido a indisciplina de alguns, toda a turma possui dificuldade de concentração.
Sabemos que a troca de experiência e informações tem grande valor, por isso estabelecemos uma boa relação com a regente de nossa turma. Conversar com ela, têm nos ajudado a conhecer as particularidades dos educandos e até mesmo o funcionamento administrativo da escola. Assim, podemos perceber que não existe união entre direção, coordenação e professores, cada um pensa e agi de acordo seus princípios, contradizendo uns aos outros, confundindo as crianças e dificultando seu desenvolvimento. Somos estagiárias e reconhecemos nossas limitações, mas enfrentaremos o desafio dando o melhor de nós, para quem sabe plantar uma semente de mudança positiva na escola campo de estágio.

Reflexão sobre o estágio de observação.

A fase de observação é de fundamental importância para o estágio, pois tem a oportunidade de conhecer a escola campo de estágio, seu funcionamento, os profissionais que nela atuam e principalmente os educandos com os quais irá se relacionar durante um mês, podendo assim através de entrevistas, atividades de diagnóstico e conversas informais percebes as necessidades dos alunos e a partir daí pesquisar formas adequadas de intervenções, que promovam o desenvolvimento das crianças.
Esse período foi enriquecedor para minha formação, aguçando meu olhar crítico-reflexivo sobre a educação e meu instinto de educadora-pesquisadora na busca de soluções para os problemas observados na escola. O contato prévio com os educandos também favorece a construção de afetividade entre eles e nós estagiárias, facilitando nosso relacionamento em sala de aula e nos permitindo conhecer as particularidades de cada um para que possamos pensar antecipadamente sobre a melhor maneira de lidar com as individualidades.



Reflexões sobre Pesquisa 2

Retomando a questão da pesquisa podemos afirmar que a distancia entre a universidade e a escola se deve em parte pela visão equivocada que se tem da universidade, vista como espaço exclusivo para intelectuais onde se estuda cientificamente as teorias para posteriormente colocá-las em prática “no curso de pedagogia” nas escolas, ou seja, a escola é apenas um espaço de experimentação.
É preciso estabelecer parceria entre universidade e escola, talvez assim a relação teórica-prática deixe de ser fragmentada passando a ser trabalhada simultaneamente. Escola e universidade devem trabalhar de forma coletiva visando o aprimoramento constante dos professores de educação e o desenvolvimento dos estudantes gera, tornando-os pesquisadores e sujeitos ativos no seu próprio processo de formação.

Minha história de vida

Retomando minha história de vida, devo confessar que a falta de profundidade nas reflexões sobre minha alfabetização, se deve ao fato de não me recordar de detalhes necessários para uma análise mais crítica, visto que eu tinha apenas 5 anos de idade. Porém reafirmo que os métodos de ensino eram tradicionais, professora trabalhando com ba-be-bi-bo-bu e cobríamos letras pontilhadas, o ensino partia das partes para o todo. Quanto aos valores citados anteriormente refiro-me a valores morais, éticos, religiosos e de cidadania, os quais são reforçados no curso de pedagogia através de disciplinas como sociologia, filosofia e etc. Sinto falta apenas de vê-los sendo colocados na prática pelas pessoas e até pelos profissionais de educação .
No que se referi ao meu 2º grau, fiz o curso de formação Geral pois me dava um rol de opções profissionais maior que o magistério e nessa época ainda não sabia que curso universitário iria fazer. No meu 2º grau as aulas eram dinâmicas e a minha relação com os professores e colegas era de parceria, isso me ajudou a encarar a nova fase “a universidade”. Ao falar dos dilemas refiro-me as dúvidas quanto as vantagens e desvantagens de ser pedagoga, ao choque entre a educação real e a ideal, entre outros. No curso refletimos sobre o próprio curso e enxergamos suas falhas, a separação entre teoria e prática e a má elaboração do currículo são as mais prejudiciais. Acredito que a potencialidade do curso está na formação pessoal e humanitária do indivíduo que no decorrer do curso se torna mais consciente do seu papel social.

Minha história de vida

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Síntese do 2º texto: A pesquisa como eixo de formação

Atualmente a necessidade de formar professores-pesquisadores tem se intensificado, o mundo globalizado, as tecnologias avançadas e as rápidas transformações tem exigido um educador capaz de se renovar constantemente e para isso torna-se necessária a pesquisa.
Tamanha mudança na postura daquele professor considerado tradicional e ultrapassado constitui-se um desafio, geralmente as reações se dividem em resistências e deslumbramento pela nova pedagogia, ambas não alcançam o objetivo de transformação, mas é preciso ter paciência, colocar-se no lugar do outro para compreendê-lo ao invés de julga- o.
É preciso despertar nos educadores um olhar investigativo e faze-lo entender que a teoria e pratica caminham juntas. O grande problema é que até hoje teoria e pratica são trabalhadas separadamente, inclusive dentro das universidades. Só o conhecimento não é suficiente para uma prática educacional de qualidade, a experiência no cotidiano da sala de aula e extremamente valiosa, pois é lá que surgem os questionamentos e inquietações que nos levam a estudar e pesquisar em busca da superação dos problemas.
É na pratica que construímos e reconstruímos as teorias para que delas possamos fazer uso da maneira adequada a cada situação.